sexta-feira, dezembro 30, 2011

Balanço Anual

Último dia útil do ano, último post do ano.


Fazendo um breve balanço de minha vida profissional neste ano de 2011, chego à conclusão que tomei acertadamente minha maior decisão profissional até hoje: trabalhar por conta própria!!!


Desde 1996, tenho trabalhado nas mais diversas áreas, de microempresas a multinacionais... em 2009-2010, cursei uma pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas. Qual o meu intuito? Voltar a buscar uma recolocação em uma grande empresa, de preferência, em um cargo de liderança, pois estava me dedicando ao ensino da língua inglesa por quase 4 anos, e pretendia mudar o meu foco naquele momento. Aprendi sobre o funcionamento de um departamento de RH, estudei teorias de grandes nomes da área de administração no Brasil e no mundo, como Taylor e Chiavenato, para citar apenas dois importantes exemplos, aprendi a fazer um "balanced score card", aprendi sobre a gestão do conhecimento, a gestão da diversidade, entre tantas outras coisas... e, em um dado momento, eu me fiz a seguinte pergunta: " - O que é que eu estou fazendo aqui???!!!"


Segundo o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 30% da classe trabalhadora da América Latina é composta por trabalhadores autônomos. Ter clientes e não patrão, e, por consequência, não correr mais o risco de perder o emprego, foi um de meus maiores objetivos. Depois de 20 anos trabalhando para os outros eu finalmente percebi que simplesmente não tenho perfil de funcionário de uma empresa. Não adianta nada passar a vida investindo em algo que jamais dará certo, olhar para trás quando chegar a aposentadoria e ver que você não passa de uma pessoa frustrada que não viveu como gostaria nem conquistou aquilo que poderia.


Percebi que às vezes não estamos crescendo profissionalmente e/ou financeiramente não por ter um baixo salário ou por não saber investir, mas por termos tomado o rumo errado lá no início. Quem dera eu tivesse despertado para isso aos meus 21 anos de idade, recém-graduado...


Mas, enfim... há tempo para tudo... eu creio... e entrarei no ano de 2012 com uma nova perspectiva profissional, de fazer tudo por mim mesmo, investir no meu próprio aprimoramento profissional, buscar a excelência no que faço e estar entre os melhores do meu ramo!!!


Obrigado a todos os mais de 400 vistantes que passaram pelo blog em 2011, desejo a todos um Feliz 2012, repleto de vitórias e realizações!!!


Ah, e não deixem de acompanhar o Traduzir é Arte... em breve voltarei com novidades, dados e notícias sobre a área de tradução, trabalho autônomo, home office e outros temas de interesse.


Fiquem com D'us!!!


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sexta-feira, julho 29, 2011

Traduzir ou não traduzir, eis a questão!!!

Há algum tempo, uma conhecida me disse que gostaria de ser tradutora, e que pensava em cursar uma faculdade de "Tradutor / Intérprete". Então, eu lhe fiz a seguinte pergunta: " - Você fala inglês?" " - Não". Sugeri, então, que, primeiro ela fizesse um curso de inglês. Depois, que se especializasse bem na sua própria área (no caso dela, contábil). Daí, então, buscasse contato com agências de tradução, fizesse testes e oferece seus serviços. Eu disse isso a ela porque me lembrei de quando, há vários anos, entrei em contato com uma agência de traduções, me apresentei, e disse que era graduado como Tradutor / Intérprete. A resposta que ouvi foi algo como " - Não precisa ser graduado como tradutor, basta saber inglês".

Algumas palavras ditas marcam nossas vidas para sempre. Não estou sendo dramático, mas isso me fez desanimar bastante na época. Tanto que eu desisti, durante muito tempo, da ideia de ser tradutor. Trabalhei em uma consultoria de TI, uma multi na área de telecom, várias escolas de inglês, entre outras empresas e áreas. Mas, sempre que me peguntavam a minha profissão, eu tinha de responder "tradutor". Não porque atuava na área, mas porque sou graduado como Tradutor / Intérprete. Mentindo? Não, jamais menti a respeito da minha profissão. Se um médico atua na área de vendas, ele deixa de ser médico? E se uma advogada resolve abrir uma loja de produtos para bebês, ela deixa de ser advogada? Definitivamente, não!!! Nossa formação se torna "nossa sombra", parte do que somos, do que vivemos. Mesmo atuando em diversas outras áreas, sempre que vou ao cinema fico comparando as falas dos atores com o texto das legendas. Quando leio um manual de instruções, comparo o inglês com o português. Contesto traduções de títulos de filmes, livros, seriados de TV.

Sempre achei por demais incômodo passar por fases de desemprego e, ao buscar uma colocação, as pessoas me perguntarem: " - Mas, você está procurando emprego de quê?". Não acredito que perguntem isso a um engenheiro ou a uma dentista.

Essas experiências me fizeram acreditar que um tradutor é um semi-profissional, um ser com meia-identidade, um "morto-vivo profissional". Ao passo que existe o CRM, o CREA, a OAB, o CRC, entre tantos outros conselhos e ordens, os tradutores não têm nada do tipo. Não existe um órgão que regulamente a profissão. E isso faz com que "baste saber inglês", genericamente falando, para ser tradutor. Não basta ler alguns livros de direito para ser advogado. Mas, as profissão de advogado, médico, engenheiro, são muito mais sérias e delicadas do que a de um tradutor, não? Um erro pode ser fatal! E um erro de tradução, não? Tenho me especializado na área farmacêutica, traduzindo bulas, estudos, termos de consentimento, brochuras do investigador... um erro de tradução a respeito de uma dosagem, uma formulação, um composto químico, pode, sim colocar em risco a vida de um paciente.

Há algum tempo, menos do que eu gostaria, voltei a "ser tradutor". E estou muito satisfeito com minha profissão de tradutor. Alcancei um sonho e uma meta de vida. Minhas experiências anteriores? Bagagem cultural, essencial para um bom tradutor. E, agora, quando perguntarem qual a minha profissão, poderei dizer, como graduado e como atuando, em alto e bom som: TRADUTOR!!!

P.S. Sim, recomendo a todos que querem ser tradutores que cursem uma graduação como Tradutor / Intérprete!!!

segunda-feira, julho 25, 2011

Traduzir é Arte

Traduzir não é nada fácil. Engana-se quem pensa que é. Traduzir é criar, é ser coautor, é pesquisar e analisar as nuances do texto, entender a mentalidade do autor e colocar-se em seu lugar, ao mesmo tempo em que é preciso se colocar no lugar do leitor do texto-alvo.


Traduzir não é apenas abrir dicionário, não é apenas ter domínio da língua-fonte e da língua-alvo, não é apenas ser graduado como Tradutor / Intérprete.


Traduzir é muito mais do que isso... e é exatamente disso que irei tratar neste blog.


Seja benvindo!!!